Como eles mesmo dizem, a banda Seu Juvenal toca um rock and roll "errado", isto é, totalmente fora dos padrões "politicamente corretos" . A banda nascida em Uberaba, triangulo mineiro, no ano de 1997, completa 18 anos de estrada, trás na sua bagagem muita história e o rótulo de "esquisitos", porém que fazem um rock and roll marcante e clássico. Lançam esse ano o seu terceiro álbum e o melhor de tudo, única e exclusivamente em vinil. O protesto da banda está presente em suas canções de uma forma bem exposta e perceptível, onde falam sobre a crise do homem moderno perante o mundo digital, as guerras que nunca cessam, a solidão urbana, as crianças abandonadas, o politicamente correto e suas conseqüências, além, é claro, do assunto mais mal cantado do planeta: o amor. Se é errado ou não, curta a banda Seu Juvenal nas redes sociais e fique sabendo sobre os lançamentos da banda bem como suas novidades.
Saibam mais sobre a banda e seu álbum "Rock Errado":
Muito punk para ser metal e muito vintage para ser indie. O Seu Juvenal é daquelas bandas de rock que, na falta de um adjetivo melhor, você chamaria de esquisita.
Formada em Uberaba, Triângulo Mineiro, em 1997, antes eles atendiam pelo nome de Os Donátilas Rosários. Como não recebiam muitos convites para shows por serem considerados "estranhos demais", acabaram mudando para Seu Juvenal.
A primeira demo, “Cyberjecas no Sertão da Farinha Podre”, saiu logo no ano seguinte e foi gravada em São Paulo sob produção de Rainer Tankred Pappon (Central Scrutinizer Band).
Eis então que surgiram shows, festivais, mais demos e participações em coletâneas. A banda também gravou dois discos, "Guitarra de Pau Seco" de 2004 e "Caixa Preta" de 2008, e acabou transferindo-se para a cidade de Ouro Preto/MG onde chegou à formação atual.
Passados quase 20 anos, hoje o Seu Juvenal encontra casa cheia toda vez que se apresenta em Uberaba, mesmo sendo a mesma banda estranha e esquisita de antes.
"Nós não somos bonitos e nem coloridos. Não tocamos na rádio e não nos enquadramos em nenhum segmento. Fazemos rock do jeito errado para os padrões do politicamente correto", é o que diz, em tom urgente, o baterista Renato Zaca.
"Rock Errado", título do novo álbum do Seu Juvenal, não poderia ser mais apropriado. O disco foi gravado em apenas quatro dias no Lab.áudio em Passagem de Mariana/MG, sob produção de Ronaldo Gino, também guitarrista do Virna Lisi. ”Nós já gravamos duas vezes em São Paulo e uma vez em Belo Horizonte e em todas estas ocasiões, mesmo tendo ao nosso redor um arsenal de equipamentos, não tivemos a tranquilidade necessária para dar o nosso melhor”, explica o guitarrista Edson Zacca. “Desta vez, além de termos uma sala e equipamentos muito bons, tivemos um produtor que já conhecia a banda, pois já havíamos trabalhado com o Ronaldo Gino no disco "Guitarra de
Pau Seco". Em "Rock Errado" ele veio trabalhando com a gente desde a pré-produção.”
TRACKLIST:
LADO A
1- Homem Analógico
2- Free Ordinária
3- Antropofagia Disfarçada
4- Asfalto
5- Louva-A-Deus
LADO B
1- Um Dia de Fúria
2- Rock Errado
3- Moleque Dissonante
4- A Chuva Não Cai
5- Burca
A boa interação da banda com o produtor é reflexo do sistema democrático de composição no Seu Juvenal. Em “Rock Errado”, todos os músicos assinam como compositores.
“As composições nascem quase sempre da mesma forma”, conta Zacca. “Alguém chega com uma base, com ou sem letra, e tudo começa. Geralmente a base vem primeiro. O interessante é perceber que cada um de nós tem um estilo bem próprio de compor que, quando somado, gera este som estranho e cheio de referências que é o Seu Juvenal”. “Rock Errado” é mesmo de uma extensão musical e tanto. Ao ouvir o álbum é possível encontrar elementos do punk, metal, indie, classic rock, grunge, stoner, etc. Segundo Zacca, o Seu Juvenal é uma banda obstinada a trair movimentos.
“Ninguém sabe ao certo qual será a sonoridade do próximo disco do Seu Juvenal. A cada disco traímos algum movimento. Tem muito de Melvins, Butthole Surfers, Fugazi e Pixies neste disco. Bandas que conseguem ser pesadas e ao mesmo tempo leves. "Um Dia de Fúria" e "Antropofagia Disfarçada" têm muito peso, mas sem aquela distorção e os trejeitos já tradicionais do metal. Sons como "A Chuva Não Cai" e "Asfalto" possuem um lirismo que nunca a banda tinha experimentado antes. Também conseguimos colocar no caldeirão nossas influências de Buzzcocks, New York dolls e Free em músicas como "Rock Errado", "Homem Analógico" e "Free Ordinária". Já nas letras, e no nosso jeito de cantar, é onde nossas influências brasileiras estão presentes. Jards Macalé, Itamar Assumpção, Arrigo Barnabé e Titãs são nossos professores de como colocar letras em português no rock'n' roll.”
Falando em letras, a pluralidade musical do Seu Juvenal também estende-se para esse campo, embora eles não tenham dificuldade em apontar seus temas preferidos. “Nos inspiramos pelos fatos do momento”, conta Zacca. “Não conseguimos viver de passado e nem ficar viajando em letras psicodélicas. Neste disco os temas são muito urgentes e presentes. A crise do homem moderno perante o mundo digital, as guerras que nunca cessam, a solidão urbana, as crianças abandonadas, o politicamente correto e suas conseqüências, além, é claro, do assunto mais mal cantado do planeta: o amor!”
Baseado numa ideia de Renato Zaca, a capa de “Rock Errado” é assinada por Dinho Bento.
”O Renato tava pirado nesta história de se fazer um disco politicamente incorreto. Ele então fez uma foto de um boneco todo arregaçado, com uma agulha no braço, um cigarro na mão e vários outros detalhes terríveis e mandamos essas ideias cruas para o nosso parceiro Dinho Bento e ele nos devolveu esta capa. Ele propôs que em vez da criança estar derrotada, ela estivesse é mandando um foda-se bem dissonante como diz a letra da música. E em vez do tabaco, um tiúris. Continuou politicamente incorreta, mas passou força e energia positiva. É, na verdade, um pequeno Seu Juvenalzinho irado e inconseqüente”, contou Zacca.
“Rock Errado” ainda traz uma imensa lista de convidados especiais. ”Como gravamos praticamente em casa, foi natural termos os amigos presentes. Todas foram marcantes. Mas destaco a participação do Manu Joker na faixa título. É uma música bastante punk 77 que o Renato trouxe praticamente pronta pro ensaio. Ao escuta-la, na hora lembramos do estilo vocal do Uganga. Ninguém teve dúvida de que ficaria muito bom”.
Duas músicas de “Rock Errado” já ganharam videoclipes. Com a direção de Marcello Nicolato,
o clipe de “Burca” conta com a participação da atriz Nina Caetano. Já “Asfalto” traz imagens das ruas de Belo Horizonte e Ouro Preto feitas pelo diretor Julliano Mendes sob a concepção de "vídeo-poesia".
"Rock Errado" foi lançado exclusivamente em vinil pela gravadora Sapólio Rádio.
FORMAÇÃO:
Bruno Bastos (vocal)
Edson Zacca (guitarra/violão)
Alexandre Tito (baixo)
Renato Zaca (bateria)
Vídeo:
"Homem Analógico"
Contato:
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Imprensa/Seu Juvenal
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