O irlando-brasileiro APOKATHILOSIS lançou recentemente seu
primeiro álbum, ‘Where Angels Fear to Tread’, e vem recebendo muitos elogios
pelo seu Black Metal focado principalmente no que havia de melhor no estilo nos
anos 90.
Mas junto com a admiração, veio também a curiosidade, afinal
de contas, o disco foi composto e gravado por apenas duas pessoas. Conta um
pouco mais de como foram essas gravações o músico Felipe Roquini, responsável
pela gravação do vocal, guitarra, baixo, bateria e Synths. Isso mesmo.
“O processo de gravação foi bem gradual. Uma vez que os
arranjos e riffs estavam prontos, gravei as guitarras, baixo e bateria
primeiro, num intervalo de um ou dois meses. Com a “base” das músicas pronta, o
foco foram as letras, vocais e por último os teclados.
Trabalhar nesse projeto foi um desafio interessante, pois
tive tempo suficiente pra trabalhar sem prazos definidos, o que permitiu mais
liberdade pra experimentar. A mixagem e masterização foram também feitas por
mim no meu home-studio.
Fiquei surpreso que algumas pessoas não perceberam certos
erros e imprecisões na performance dos instrumentos, em particular na bateria.
Eu fiz questão de deixar o processo bem fluído, o mais natural possível pois
essas imprecisões dão o aspecto mais realista e humanizado na arte. Afinal, a
tecnologia por si só é estéril; deve ser usada sempre com moderação.”
‘Where Angels Fear To Tread’ foi lançado no final do ano
passado de forma independente. Para ouvir e especialmente comprar, visite:
O APOKATHILOSIS, formado em 2013, é inspirado especialmente
no Black Metal Grego dos anos 90 e vem trazendo um sopro de energia ao Metal
Negro, sempre dentro de seu objetivo: apresentar conceitos gnósticos e
filosóficos aliados à formas sonoras de pura animosidade e fúria, em sintonia
com a mais perfeita natureza humana de oposição e resistência.
Musicalmente o duo se foca em explorar o mais tradicional do
estilo com riffs gélidos e cortantes, um trabalho pesado de baixo e uma bateria
espancada à exaustão num ritmo quase hipnótico. Os vocais lacerados trazem uma
camada adicional de raiva aos sons, transitando entre os gritos furiosos e
sussurros melancólicos.
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Fonte: Metal Media
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